A GRANDEZA DE JOSE ALENCAR

Conheci Zé Alencar, assim de mão pegada como diz o caboclo, em 1998 quando foi candidato ao Senado Federal. Ele estava na comitiva do candidato ao governo Itamar Franco e, embora, eu apoiasse o Patrus, fui ao Hotel Jóia recebê-los. No meio do tumulto que cercava Itamar, vi o Zé Alencar sentado num canto, com expressão serena e modesta. Fui até lá, cumprimentei-o e conversamos por mais de uma hora. Fiquei impressionadíssimo com a cultura, a visão política, o conhecimento da economia e do mundo. Tornamo-nos amigos. Quando Lula o indicou para vice e provocou fortes reações contrárias no Partido dos Trabalhadores, fiz parte do grande grupo que defendeu a escolha. Sábia escolha, hoje uma das figuras mais expressivas e carismáticas da República. Solícito, sem ser subalterno. Altivo, sem ser arrogante. Crítico, sem ser desleal! Não é grande apenas pela forma que luta contra o câncer, antes, a forma com que o encara é resultado de sua grandeza. Hoje é unanimidade no PT. Desconfio que no Brasil!