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quinta-feira, 12 de agosto de 2010

PARCERIA PELO DESENVOLVIMENTO

Um encontro marcou minha semana, recebi o presidente da Câmara de Comércio do Mercosul e das Américas,  o Dr. Miguel Lujan Paletta, em meu escritório.
A Câmara de Comércio é uma entidade civil, de direito privado, atua como elo entre a vontade política e normativa dos governos e os objetivos dos empresários. A entidade é reconhecida pelos países membros do Mercosul.
Foi um momento proveitoso, importante e que servirá para ampliar possíveis projetos de investimentos na região Sul de Minas, principalmente Poços de Caldas que anda carente de indústrias e empresas.
No atual cenário de prosperidade que o país se encontra e nas excelentes projeções de crescimento, não é admíssivel que nossa cidade esteja caminhando à passos de tartaruga. Poucos municípios mineiros souberam aproveitar o trabalho importante de desenvolvimento e oportunidades feito pela Câmara de Comércio do Mercosul.

5 comentários:

  1. Prezado Paulo, na verdade o nome do presidente é Miguel Lujan. Gostaria de lembrá-lo que esse pessoal esteve aqui em março de 2009 e, além de conseguirem um anúncio da prefeitura para a revista da entidade, não deixaram nada de útil para Poços além de promessas. Na ocasião, o vice-presidente dessa Câmara disse: "Nossa intenção é trazer uma empresa aérea, transportando empresários que viajam ao Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Campinas, e vêm de Boeing até Minas Gerais, até Pampulha. Colocaríamos um avião menor, fazendo a região mineira. Em cerca de um mês podemos estar operando”. Outra promessa era instalar um escritório da Câmara em Poços. Aconteceu?
    Não vejo possibilidade alguma, com a situação econômica argentina, de que alguma empresa ao menos estude a viabilidade de colocar uma planta em Poços.
    Mais tarde, em agosto, o grupo voltou para discutir turismo, com a presença da secretária. "O evento foi palco de um intercâmbio de pacotes turísticos entre o Brasil e a Argentina, além de gerar uma aproximação entre as regiões, representadas por suas autoridades", diz o site da entidade. Funcionou?
    Concordo com você quando diz que Poços "anda carente de indústrias e empresas". Falta justamente aquela "agressividade" -permita uma metáfora- que os argentinos demonstram no futebol. A prefeitura tem que sair batendo de porta e porta em São Paulo, oferecendo muito mais do que terreno e terraplenagem -só paisagem bonita não atrai investimentos. Do jeito que as coisas andam, não me surpreenderia se empresas de Poços fossem produzir na Argentina. Mais precisamente, em Mar del Plata. Ou esquecemos que essa cidade é "irmã" de Poços?
    Por fim, não acredito em Mercosul. Razões não faltam: a própria Argentina, que seria o mais interessante dos países do "bloco que nunca decola", exige licenças de importação para mais de 1.200 itens brasileiros e não respeita os prazos para a liberação dessas licenças. Ano passado, nossos vizinhos adotaram, por exemplo, sobretaxa de 413% nas importações de talheres da Tramontina, que tinha 20% do mercado argentino. Claro protecionismo contra os "parceiros" do bloco.
    Para encerrar, uma pergunta humorada: você ofereceu Água "Plata" à visita?
    Um abraço!
    Caruso

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  2. "Plata" mesmo, medo do fluor. Bom debate sobre a questão do Mercosul, o Brasil, na minha opinião, deve continuar apostando no fortalecimento da relações latino americans, em que pese as eventuais dificuldades comerciais e políticas com os vizinhos, é política de longo prazo. A União Européia levou décadas para se materializar e ainda não está consolidada. A Câmara de Comércio do Mercosul e Américas trouxe para cá as oportunidades de duas indústrias que a prefeitura "exportou" para São João! Abração.

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  3. tem que cobrar royalties da água prata pelo merchan...

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  4. Aline Soares13/08/2010, 08:14

    Uma realidade da Poços de Caldas de hoje, o problema está sempre com os outros. Dia desses a secretária de turismo em entrevista na TV Plan disse ser "muito complexo" fazer a festa UAI! Se é tão complexo fazer um evento simples como aquele imagina só desenvolver um plano de desenvolvimento para a cidade.
    Os problemas estarão sempre com os outros quando o assunto em pauta na prefeitura é falta de competência e de trabalho.

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  5. Caro Caruso,

    Como salientou a Aline em seu comentário, é uma lástima ver a incapacidade de alguns órgãos públicos para desenvolver as regiões que representam. E mais: muitas vezes acabam prejudicando a imagem de entidades respeitadas e bem estabelecidas no mercado. Como Diretor de Relações Internacionais da Câmara de Comércio do Mercosul, gostaria de posicionar-lhe sobre as questões levantadas que, certamente, não lhe chegaram informações sobre seu desenvolvimento.

    Sobre a empresa aérea interessada em operar em Poços de Caldas, a prefeitura da cidade sugeriu uma reunião com prefeitos de 8 municípios vizinhos, comprometendo-se a organizar tal reunião, com o objetivo de “dar maior força e apoio” à proposta. Tal reunião nunca ocorreu, não sabemos se por falta de interesse da prefeitura de Poços de Caldas ou pela “falta de apoio” dos municípios vizinhos. No final, a empresa viu seu interesse ruir pelo descaso.

    Já a ocasião relacionada ao turismo, esta foi uma grande decepção. Levamos a Poços de Caldas uma empresa atacadista de turismo, que trabalha com cerca de 400 agências de turismo na Argentina. Fizemos um evento com boa estrutura, no qual não compareceram mais do que 5 pessoas além do staff da Câmara. A breve presença da Secretária de Turismo, que destacou a “falta de interesse” dos empresários locais, também não se mostrou engajada em “promover” o turismo local internacionalmente. Aos empresários argentinos ficaram as “desculpas” da Câmara de Comércio do Mercosul e da TV Plan, organizadores da iniciativa. O mesmo evento se realizou em outras cidades, nas quais houveram resultados interessantes.

    Sobre o escritório da Câmara de Comércio do Mercosul em Poços de Caldas, novamente, havia interesse da entidade e estrutura física definida. Frente ao descaso com que a prefeitura tratou as duas experiências anteriores, a entidade hesitou em continuar tal projeto dado o ambiente “desfavorável” para seu desenvolvimento. Isso sem mencionar também as ocasiões citadas pelo Paulo, na qual a Câmara de Comércio do Mercosul levou à cidade empresas estrangeiras para se instalarem e a prefeitura não abriu suas portas.

    Por fim, gostaria de dizer que não deixe de acreditar no Mercosul e no principal parceiro comercial do Brasil, Argentina. Recentemente a Câmara de Comércio do Mercosul realizou uma palestra na cidade de Ribeirão Preto, na qual foram identificadas cerca de 600 empresas da região que importam e/ou exportam para a Argentina. Muitas vezes as barreiras estão dentro de casa: a real vontade e disposição dos empresários e políticos para se desenvolver.

    Encontramos no Paulo Tadeu este engajamento e, sem dúvidas, em breve você acompanhará os resultados positivos desta parceria.

    Um Abraço
    Fabio Torquato

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