1962. Morava em uma casa atrás da Estação Ferroviária de Pinhal. O ramal da Mogiana fora desativado; lembro-me da festa que o então governador paulista Carvalho Pinto promoveu para encerrar as atividades ferroviárias (ele entendia que o fim das "linhas de trem" era sinal de progresso). Era uma casa ótima, muito bonita, existe até hoje. O imenso quintal cheio da árvores frutíferas foi onde meu pai instalou um rádio de madeira Philips, que meu irmão Júnior havia riscado com um compasso, enquanto ouvia nervoso um jogo do nosso São Paulo. 4 a 2 para o Brasil contra o Chile, sede da Copa. Dois gols de Garrincha e dois de Vavá. Dias depois, seríamos bi-campeões do mundo. O gosto da limonada feita pelo meu pai naquele dia ainda permanece em minhas lembranças.
Paulo, entre outras atividades dedico parte do meu tempo a estudar um pouquinho da história da Mogyana, participando de um grupo virtual de discussão voltado excluvisamente ao tema. Genética, talvez, pois sou bisneto e neto de Ferroviários da antiga Cia. Paulista. Sugiro que você dê uma olhada nesse link, acho que vai gostar:
ResponderExcluirhttp://www.estacoesferroviarias.com.br/p/pinhal.htm
Um abraço,
Caruso
Caruso, obrigado. A quinta foto era como víamos a estação a partir da escada dos fundos de casa, que antes era a casa do chefe da estação!
ResponderExcluirPois é, Paulo, para você ver como a Mogyana e outras ferrovias fazem parte da vida e trazem boas lembranças a muitas pessoas.
ResponderExcluirEm abril mandei ao Sr. Prefeito de Poços de Caldas, bem como aos Srs. Vereadores e alguns dos Srs. Secretários Municipais um projeto bastante simples para conservação e transformação em atrativo cultural de um antigo e importantíssimo patrimônio da cidade -os Pilares da Mogyana-, aqueles perto da PUC. Desnecessário dizer que, apesar das notificações de leitura incluídas nos emails, que indicam em tese que o projeto foi lido, não recebi uma resposta sequer. Ignorado solenemente. Nem para dizer não.
Custo do projeto? Meia-dúzia de lâmpadas, umas três plaquetas, uma pitada de boa-vontade...
O projeto está no link
http://www.vivapocos.com/2010/04/os-pilares-da-mogyana.html
Um abraço.
Caruso
Caruso, meu avô dministrava uma fazenda em Santo Antonio do Jardim durante a guerra civil de 32. Quando as tropas de Minas chegaram, ele escondeu no canavial ( os canaviais eram altos) um pequeno caminhão. O dono da fazenda recomendou-lhe entregar o veículo, que serviu para levar mantimentos até a Estação de Pinhal quando as tropas se deslocaram para São Paulo. Meu pai tinha sete anos e contava a cena do caminhão sendo descarregado e depois incendiado no pátio da estação!
ResponderExcluirEm tempo - sua idéia é belíssima, os pilares são fantásticos!