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segunda-feira, 19 de abril de 2010

OS NOVOS INIMIGOS DA DILMA

Vale a leitura de Os Novos Inimigos da Dilma I e II, postado pelo Lucas em seu blog  -
http://www.alemdagrandemidia.blogspot.com/

12 comentários:

  1. Atenção atenção petistas: convém olhar debaixo da cama antes de dormir para ter certeza de que não há nenhum fantasma tucano escondido lá! Vcs estão tão inseguros que seria bom se a Nona Dilma pegasse na mãozinha de vcs toda noite e contasse uma historinha de ninar. Sugestão: parem de procurar os inimigos, eles estão aí do seu lado e são bem reais: Sarney, Mensalão, Dirceu, Marco Valério, Duda, criancinha morrendo de fome no Jequitinhonha...

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  2. Caro Paulo Tadeu.Segui seu conselho e fui fazer uma visita ao blog sugerido. Fui um pouco mais longe e lí, também, a materia sobre a Venezuela.
    Diz o texto: "Diversos são os países que tem optado pelo caminho da alternativa ao neoliberalismo, mas ultimamente, nem Cuba com seus 51 anos de revolução é tão achincalhada e escurraçada pela grande mídia como a Venezuela presidida por Hugo Chávez...".
    Interessante quando diz que a REVOLUÇÃO EM CUBA tem 51 anos de existencia...quer dizer lá foi uma REVOLUÇÃO e aqui uma DITADURA...
    Menos... menos... um pouco mais de equilíbrio...
    Abraços

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  3. Tendo em vista que o Paulo Tadeu me abriu o espaço, vejo-me na obrigação de tecer a réplica em relação aos comentários acima.

    Quanto ao fato de precisarmos da Dilma para nos contar historinhas de ninar, vejo que a questão é justamente ao contrário. São os tucanos e demos que precisam delas, contadas pelo Datafolha Ditabranda, Globo, Veja, Istoé, etc. Nós, petistas, temos um projeto político para o Brasil. A oposição, que não tem discurso e se opõe pela mídia, precisa de manipular pesquisas eleitorais.

    Quanto à Cuba e Venezuela, a insurreição popular é direito garantido na Declaração Universal dos Direitos do Homem, enquanto a nível nacional e internacional, não há qualquer legislação que legitime o golpe de Estado, principalmente o que aconteceu no Brasil em 64.

    No mais, o anonimato é o refúgio dos covardes.

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  4. Mario Santos21/04/2010, 09:51

    Só uma pergntinha ao Lucas: quantos anos vc tem? Pq falar com essa propriedade toda do alto da cultura que vc acha que recebeu dos livros é uma coisa, mas ser testemunha viva da história é outra. Curiosamente na lista de grandes vilões da mídia, vc não citou a Bandeirantes, que agora serve aos interesses da "oposição" de Poços (que de tão nanica e pequena, na dimensão e na atitude, deveria ser "oposicinha"), via CQC. Além dessa grande mídia, quem mais será usado quando "necessário", o povo? Por fim, é de se aplaudir sua modéstia ao afirmar que "Nós, petistas, temos um projeto político para o Brasil". Delírio puro. Responde aí: que projeto político é esse que inclui Sarney, Valério, Duda, Dirceu, Gushiken, PACs de araque?
    É o projeto dos fins justificando os meios, custe o que custar? Para acabar, goste ou não, o que o Financial Times (mais um da grande mídia...) condenou ontem: "a posição de Lula sobre a morte do dissidente cubano Orlando Zapata após a greve de fome, as críticas à Colômbia por seus acordos militares com os Estados Unidos, enquanto esquece que a Venezuela apoia às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia e parabeniza o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, por vitória nas urnas". São loucos ou a realidade que o tal "projeto político" faz vista grossa?
    Espero posicionamentos sensatos, sem hsterias, por favor. O que proponho aqui é um diálogo sem chavões, ok?
    Mario

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  5. Caro Mário Santos: lembro a você que esses caras que citou (Sarney, Valério, Duda) e outros mais, de biografia bem complicada estiveram bem juntinhos com o FH e o Serra. Há outros também, comoo Daniel Dantas, um dos caras que mais ganhou dinheiro com as privatizações esquisitas que aconteceram na época FHC/Serra. Perto da imensidão de dinheiro que rolou nas privatizações, tudo o mais perde sentido. O Sarney só veio a romper, depois que o Serra atropelou a filha dele em uma disputa pelo papel de "anti-Lula". Quanto ao Irã, recomendo uma leitura interessante, na Folha de ontem, que é a entrevista com chefe de estado da Turquia. Isso, se você não quiser ler coisas mais densas, como por exemplo o livro "Os próxims cem anos", de um ex-funcionário do Pentágono, George Friedman. É elucidador.
    Concordo que algumas posições do Lula podem ser questionáveis, mas são assuntos secundários, superestimados pela mídia para obscurecer o debate principal: um programa para o Brasil. Serra não tem programa e Dilma precisa avançar em setores importantes, como a educação, principalmente.
    A propósito do cenário internacional, é hipocrisia dos EUA negar negociações com o Irã, mantendo o poder de destruir o mundo várias vezes.

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  6. Só um complemento ao comentário do Adão, preciso por sinal. A questão colocada da Band é com relação ao cenário nacional, à disputa presidencial e não aos problemas do interior do país. Aliás, o programa CQC, que é independente - se é que o anônimo sabe o que é isso, mostra o que está errado pelo pais afora em seu quadro Proteste Já. Portanto, são abordagens diferentes, para questões totalmente diferentes.

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  7. Mario Santos22/04/2010, 10:00

    Começou a ficar bom esse debate. Vamos lá, primeiro o Adão: muito fraco o argumento de que Sarney era aliado de FHC e a tentativa de colar a imagem do maranhense ao Serra. Um erro não conserta o outro e Lula, que bradou milhares de vezes a questão da "herança maldita" deveria ter aberto mão dessa praga chamada Sarney. O sumiço de Roseane na época foi festejado inclusive pelo PT. Então, o fato de Sarney ter sido aliado do PSDB não qualifica a perpetuação dele em cena pelas mãos de Lula. Aliás, faltou força (vergonha?) ao PT para eliminar Sarney da Cena política. Vai ficar para sempre na memória o fato de Mercadante ter tido um rompante de herói e enfiar o rabo entre as pernas depois de uma conversinha com o "chefe". ChaMar de "secundários" alguns "questionáveis posicionamentos de Lula" também carece de lógica, visto que um homem do povo pelo povo e para o povo não pode ser (nem ter entre seus seguidores fiéiS), um homem que se cala, faz vista grossa ou muda de discurso de acordo com a hora -o dissidente cubano morto em greve de fome é referência disso. Nunca se poderia imaginar que Lula, ele mesmo protagonista de uma greve de fome, poNderasse ser esse um MERO assunto intErno de Cuba.
    Quanto à "falta de programa" de Serra, é muita ingenuidade achar que milhões de paulistas e paulistanos são todos boçais e elegeram o sujeito prefeito e governador sem acreditar nele ou seu programa. Lembre-se da desastrosa passagem de Marta por lá e seu desaparecimento da vida eletiva, sustentada hoje apenas pelo apadrinhamento em cargos de alto escalão.
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    Rodrigo: os críticos locais da grande (e da pequena também) deixaram em seus bloga, páginas, opiniões e artigos de jornal muito claras suas posições com relação à Band e aos Saad. O CQC não é independente não, faz parte da grade da emissora, se é que vc sabe disso. E se não sabe, deveria saber: mesmo que o CQC fosse independente, a responsabilidade da emissora é solidária.Só para refrescar sua memória, no caso da prefeitura de Barueri, o departamento jurídico da Band interveio e tratou do caso. Censura, meu camarada, da mesma espécie que o aliado Sarney impõe ao Estadão. Fosse independente bstava a emissora deixar a bronca para os produtores. Ou não? Mídia é mídia. Ou é uma imporensa canalha, ou pode ser usada de acordo com o que interessa? Por favor, contra-argumentem seriamente, pensem bem antes de escrever. Desse lado está um homem vivido, sem partido mas atento. Obrigado
    Mario Santos

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  8. Respondendo ao Mário, a referência à ligação do Sarney com o FHC e ao Serra é um fato. temos aqui na UNICAMP um farto material de imprensa da época, que comprova esta relação. Se o Paulo quiser, posso enviar cópias de matérias da época, que revelam a atuação do Sarney e de sua filha, como figuras importantes do esquema FHC. No governo Lula, vocês poderão ver por este arquivo, que o esquema Sarney nunca teve a mesma importância, como um pilar do sistema.
    Agora... você acha que esta questão do Sarney é mesmo um assunto central na conjuntura de hoje? Acho que isso é uma cortina de fumaça para escamotear as discussões mais importantes. por exemplo, a questão do programa. Serra mostrou ontem, mais uma vez, no Jornal do SBT que não tem programa, apenas quer "melhorar" o que o Lula está fazendo. Quer melhorar o bolsa família, quer melhorar a ação que o Governo Federal já vem fazendo na segurança, quer melhorar o que já vem sendo feito na saúde. E por ai vai... O repórter inclusive fez uma pergunta interessante, que ficou sem resposta: "mas se a saúde é problema, porque quando você foi ministro não fez ela funcionar bem?".
    Sobre os paulistas, não creio que eles são referência. Eles já votaram em coisas muito ruins, como Paulo Maluf, Jânio Quadros e Orestes Quercia (para ficar em alguns poucos, mas a lista é muito maior). Nas escolas de ciências políticas há uma discussão interessante sobre o voto paulista, vinculando o comportamento de boa parte do eleitorado ao voto populistas de padrão nordestino. São milhões de pessoas que chegaram do Nordeste e, em São Paulo, procuraram referências para o modelo de voto paternalista que exerceram há gerações. O que digo é apenas um traço de um estudo muito mais profundo, que envolve inúmeros pesquisadores renomados em várias universidades. Mas, no perfil do eleitorado paulista é muito claro, pelas séries históricas das pesquisas que programa não costuma ser fundamental.
    Programa, no meu entendimento é aumentar o salário dos professores, para criar um projeto de profissão que altere o quadro do ensino básico. Programa é aumentar a verba para a saúde e criar um quadro fixo de profissionais bem remunerados, como na Inglaterra, Canadá, França ou Alemanha, para estimular o aperfeiçoamento do sistema universal. Programa é radicalizar a reforma agrária, pois o agro-negócio sem barreiras destrói a natureza (já trabalhei para o IBAMA e vi o que os grandes latifúndios fazem com a Amazônia). Programa é estimular a nacionalização da indústria, para obter a independência, a diversificação e o aumento do valor agregado às exportações. Programa é investir pesado na prevenção e na proteção dos nossos jovens, para estancar a fonte de recrutamento do crime organizado. Programa é investir nas universidades, para criar centros dinâmicos de excelência.
    Acho que a discussão é por ai. Sarney e outros, como o Marcos Valério, cria do Eduardo Azeredo, ou Quércia, aliado de Serra, são assuntos que, na verdade, só servem para desviar o debate dos temas centrais.

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  9. Mario Santos22/04/2010, 12:51

    Adão, só o fato de vc estar na Unicamp é suficiente para entender a pujança paulista e o fato deles serem sim a locomotiva do Brasil até hj. Falo isso como mineiro da gema, dum estado que teve Itamar, Newton Cardoso ou Hélio Garcia, chegando ao festejado Aécio, que só não recebeu mais festa do PT por não formar chapa-pura com Serra porque ia dar muito na vista.
    Preocupa-me sobremaneira quando vc diz que "nas escolas de ciências políticas há uma discussão interessante sobre o voto paulista, vinculando o comportamento de boa parte do eleitorado ao voto populistas de padrão nordestino. São milhões de pessoas que chegaram do Nordeste e, em São Paulo, procuraram referências para o modelo de voto paternalista que exerceram há gerações". Ora, essa tese por si só confirma o cabresto imposto pelos coronéis da atualidade, que se locupletam junto a essa camada da população por meio de um "programa de governo" exatamente paternalista e populista, que concede bolsas para tudo especialmente aos irmãos quebrados do NE. Mas é improvável achar que o eleitor das camadas populares, que decidem as eleições, compreendam a profundidade dessa tese acadêmica.
    Obrigado pela qualidade do debate. Alto nível.
    Mario Santos

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  10. Eu é que agradeço pelo elogio. Mas é bom situar algumas questões. No debate científico deve-se focalizar um ponto e analisar, de acordo com variáveis de uma forma controlada. Da forma como colocou a questão dos nordestinos, saimos do foco, que é o comportamento eleitoral paulista, muuto influenciado pelo grande contingente de nordestinos que chegoua São Paulo. Há estudos interessantes do figueiredo sobre isso e do Fábio Wanderley, dois de nossos nmais conceituados cientistas políticos. Tenho uma aula agora, depois termino.
    Só queria dizer, antes, que não questiono o fato de São Paulo ser a locomotiva do Brasil. Isso é coisa antiga, que vem do boom exportador de alimentos, do final da primeira guerra e foi consolidada por Getúlio, embora os paulistas não gostem dele. Não é coosa de agora e foi por isso que os nordestinos, como gente de todo o mundo foi para SP.

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  11. Continuando ao Mário:
    Entre os três grandes padrões de comportamento aceitos pela academia, no Brasil prevalece o voto econômico por questões óbvias. A distribuição de renda tem perfil desigual e os setores menos favorecidos, na medida em que aprenderm a votar, com acertos e erros, preferem os políticos que aparentemente ou de fato levam à melhoria da qualidade de vida.
    A série histórica dos institutos mais importantes do país, que estão arquivados na UNICAMP, indica que um padrão de preferência de votos para os executivos com imagem de gestor benéfico ao povo cresce no país. Eu, particularmente, que reconheço as imensas dificuldades em que vive a maioria do povo brasileiro, acho que o eleitor está certo em votar em quem lhe traz meis benefícios. Evidentemente há aqueles com imahem de bom gestor, mas que na prática são meros populistas. No Brasil inteiro, aos poucos, o eleitorado vai aprendendo a identificar e punir esses políticos.
    Então, embora existam bolsões de eleitores em projetos populistas, estilo Maluf, eles na maioria dos casos não passam de deputados, nçao podendo mais almejar cargos executivos importantes.
    No Nordeste existem outras particularidades, que é a ligação secular de um modelo que os pesquisadores identificam como algo muito proximo do clientelismo. Os coronéis dão pequenos benefícios, em troca da lealdade das famílias.
    Quando chegam em São Paulo muitos nordestinos, muitos mesmo, procuram essas referências e, mesmo quando não recebem diretamente pequenos agrados, assumem a posição de clientes de determinados políticos.
    Mas, é importante situar que os estudos conformam que o voto econômico é bem diferente do voto clientelista. O eleitor movido pelo voto clientelista quer uma relação próxima, quase física com seus políticos. Já os eleitores que praticam o voto econômico buscam melhorias coletivas na qualidade de vida - mais saúde para as suas comunidades, melhores programas sociais, melhor educação para seus filhos, etc. De fato, essas pessoas não estão interessadas em um programa sofisticado para o país, querem benefícios para as suas famílias, suas comunidades.
    Pelo quadro de penúria que essas pessoas viveram durante boa parte da história do país, eu acho que elas estão certas. Quem não tem condições mínimas de sobrevivência tem que se defender e é um bom comportamento do ponto de vista da democracia, votar pensando na comunidade.
    O bolsa família se insere nesta equação, pois é um rudimento de uma proposta programática de bem estar social voltado para populações extremamente pobres. Na europa a social democracia garante saúde, educação e até o salário desemprego (às vezes por toda a vida). Aqui, o bolsa família em ambientes de extrema pobreza é uma ação de bem estar social, de padrão programático social democrata.

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  12. Prezado Mário Santos:

    I - meus textos e opiniões políticas não possuem chavões, mas sim conceitos. Se você não os aceita, paciência. A "graça do negócio" é discordar. O que não pode é você querer impor a mim a tua linguagem de abordagem dos fatos e me atribuir, gratuitamente, a histeria.

    II - faço das palavras do Rodrigo as minhas, sobre a Band e o CQC. Aliás, procure também no meu blogue textos sobre ela. Verá que não a concebo como um "canal legalzinho de assistir" somente porque o CQC reportou sobre o SIGA.

    III - nós, petistas, temos sim um projeto para o país e eu me orgulho muito disso. Novamente, ao querer me impor o seu modo de pensar, você foi autoritário. Se você, no alto do seu integralismo subjetivo, não aceita, paciência.


    IV - por que tanta preocupação com a minha idade? Te incomoda, modéstia a parte, um sujeito jovem ter a consciência histórica que eu tenho? Minha percepção histórica não está somente no que dizem os livros. É fato que no Brasil houve uma ditadura, é fato que a queda do Muro de Berlim tinha como política o fim da própria política ao se deflagrar privatizações mundo afora, é fato que quando se trata de Cuba e Venezuela, há que se diferenciar revolução e insurreição de golpes de Estado. Ou o que houve no Chile em 1973, com o Allende, foi uma deposição popular pacífica?

    V - pra teu governo, nem o Lula e nem o Chavez defendem as FARC. O que se defende é uma solução pacífica e negociada para os conflitos existentes na Colômbia, pois ao mesmo tempo em que se pugna pelo fim das FARC, é sabido que não haverá paz na Colômbia se os grupos paramilitares de direita patrocinados pelos EUA continuarem existindo.

    VI - o mundo permite diversas visões e interpretações sobre os fatos, pois a partir do momento em que somos seres humanos, tudo passa por percepções. Apesar de eu ter o defeito de ser jovem, sou formado e em razão de todas as experiências que já vivi na minha vida, nos mais variados âmbitos, possuo concepções sobre a realidade. Portanto, não me subestime.

    Se ficarmos aqui debatendo, o coitado do Paulo Tadeu terá que viver de moderação de blogues. Referente a este tópico, dou a discussão de minha parte por encerrada.

    Saudações cidadãs a todos, abaixo o autoritarismo e a imposição de se ver as coisas.

    Lucas Rafael Chianello

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