Logo pela manhã li no blog do Nassif, comentário postado por Alexandre Leite. Trata-se de um artigo de Fernando Serapião, que observa um descompasso entre o governador jovem e moderno e a decisão que descentraliza a administração em Minas Gerais. Discordo que haja descompasso, o governador Aécio tem mesmo a imagem de um gestor e político contemporâneo, mas sua prática é conservadora e autoritária. O que importa no caso é a conclusão do texto, um bom recado para Poços - “Infelizmente, há 50 anos os políticos acreditam na mística de perpetuar-se com um postal de Niemeyer a fim de repetir a trajetória daquele que encomendou Pampulha e Brasília (raríssimos são os que apostam na capacidade arquitetônica de sua própria geração). Aécio Neves cometeu o mesmo erro: mirando o futuro, ele acertou o passado. “
A obra, embora faraônica, era necessária! Quem conhece o Palácio da Liberdade, por dentro, sabe que não havia a menor condição de continuar a ser utilizado como sede de Governo devido a expansão das atividades do Estado e do grande número de funcionários e repartições.
ResponderExcluirLamento apenas que o custo seja absurdo. Falar em homenagear Oscar Niemayer colocando em suas mãos um recurso extraordinário desses é brincadeira de mal gosto com o velho comunista.
A esta altura, Lenin e Starlin devem estar se revirando em suas covas. Se houvesse optado por uma obra menos arquitetônica e mais funcional o custo seria muito menor e o resultado muito maior.
Mas aqui pelas bandas das Gerais, falar que o Governador Aécio errou pode dar mais que cadeia, pode ser a sentença de morte. Viva a ignorância e vamos todos pagar a conta. Os recursos para as campanhas eleitorais já estão garantidos.
Lá como cá... Aqui, a zona sul festeja a pirâmide municipal que será construída com dinheiro do povo. E tem gente que acredita na conversinha do vereador-faraó, que disse que a vida vai melhorar com o passo do Paço na região. Até mesmo a neo-súdita, ex-trombonista, dá-se ao luxo de aparecer toda sorrisos ao lado do arquiteto comunista-milionário. No deserto das miragens sulfurosas, os divisores de águas estão naufragando, fazendo areia...
ResponderExcluirBem feito. Quem mandou votar? Viva a democratura! Viva El Rey Courominas, o Magnífico! E viva o Faraó! E viva o único bastião da oposição ainda existente na Câmara, o vereador-professor, que deve estar com as barbas de molho diante do destino do secretário de saúde lá dos pampas.
Conheço o Palácio da Liberdade por dentro e é besteira dizer que ele não tem condições. Haviam sim muitas opções, o Palácio da Liberdade poderia ser apenas o gabinete do governador, e as secretarias poderiam se espalhar pelas proximidades, facilitando o acesso a toda a população mineira. Seria muito mais barato e racional do que obrigar o povo mineiro a pagar uma dívida imensa, durante décadas; além de penalizar todos os que vão demandar os serviços do Estado. Revela apenas a pequena estatura do Aécio.
ResponderExcluirCom a construção do Paço sabe quem vai se beneficiar outra vez?
ResponderExcluirAguardamos as respostas, vamos ver se o povo de Poços é bobo mesmo, ou se faz de bobo.
Lamento discordar da resposta do "Anônimo" ao meu comentário sobre a capacidade do Palácio da Liberdade em se manter como sede de Governo. O Palácio foi projetado em 1.895 pelo arquiteto José de Magalhães e inaugurado em 1.897. Há muitos anos já não mais funcionam dentro do Palácio as estruturas ligadas diretamente ao Governador, a excessão de seu Gabinete. No prédio anexo ao palácio funcionam a Secretaria de Governo e o Gabinete Militar. As demais secretarias de Estado ha muitos anos estão pulverizadas por toda a cidade.
ResponderExcluirQuanto a pequena estatura do nosso governador não há críticas. Como disse, o projeto é faraônico, megalomaníaco e absurdamente dispendioso, isso não quer dizer que não fosse necessário.
Prezado Marcílio:
ResponderExcluirVocê já foi a Paris ou Londres. A prefeitura da Cidade Luz funciona no hotel de la Citè, um prédio do século XVII. Eles lá costumam manter por fora as características históricas dos pr´sdios, mas por dentro fazem umas reformas hi-tec. Morei em um prédio desses, no Maré, o bairro mais antigo da capital francesa. Charmosíssimo, por fora mantinha as características antigas, mas por dentro era pleno de conforto. No caso do Hotel de la Citè, eles não mudaram as características internas, mas deram todas as condições para uma prefeitura moderna funcionar bem ali. Falo sobre esse, porque conheço bem por dentro, mas o Governo Francês també funciona em vários prédios antigos na capital, sem problemas. E olha que Paris é bem maior do que BH. Tem metrõ, é claro...
Outro lugar interessante é Londres. A sede do governo é o palácio de Westminster, construído no século XVII. O governo se divide em prédios pela cidade e tudo funciona bem, como se sabe. Portanto, o governo mineiro poderia continuar no belíssimo Palácio da Liberdade, que inclusive possui um grande valor histórico e simbólico. O Novo, bonito é claro, concebido por Niemeier, procura romper com esta história protagonizada pelos inconfidentes. Desnecessário sob todas as medidas. Alí poderia ser o gabinete do governador, como é acontece com um endereço londrino, situado na Downing Street número 10.