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sábado, 6 de fevereiro de 2010

MINHA TIA MIRTES

Não sei de onde terá surgido um anjo como esse em minha vida, nem mesmo porque razão haveria de encontrar pelo caminho alma tão bela e abraço tão largo. Que grandeza havia em tamanha humildade, no seu jeito de arranjar os óculos, enquanto conversava, seduzia, conquistava, trazia para o seu afeto os que vinham chegando no seu latifúndio de carinho! Sofreu e chorou como muitos neste mundo, mas amou como só ela poderia amar, como uma porta que não fecha e um coração que ainda pulsa na saudade de quem a conheceu.

2 comentários:

  1. Maria Cláudia07/02/2010, 09:44

    Papai, um vez ao dia, pelo menos, lembro de algo relacionado à Tia Mirtes. Sempre lembranças repetidas, como a comida que deixava esfriar no tanque pro filho sistemático, as tardes de domingo com todas as primas jogando baralho, ou passeios sem rumo, com rumo certo: sua casa. Lembro de coisas que nem vivi, que só ouvi falar. Das gavetas com laranjas separadas, dos sobrinhos que aninhavam sem hora pra sair, e de tudo que passou e eu não vi, mas lembro como se ali estivesse. A Tia Mirtes é uma daquelas pessoas raras, que de tão anjos, nos dão o presente de sentir o cheiro do seu pão de queijo com pernil, do seu café doce, da sopa de farinha de milho. Apenas anjos tem cheiro, e aquela carinha que nos abençoa todo santo dia em nossas lembranças.

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  2. Não encontro palavras e nem jeito bonito de escrever alguma coisa sobre esta maravilhosa mulher.
    Falo sempre que aprendi muitas coisas com ela, muitas mesmo.
    Foi minha mãe e de mais um monte de gente.

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