MINISTRA DILMA INAUGURA O GASODUTO PARA O SUL DE MINAS

Nesta sexta-feira, dia 29 de janeiro, a Ministra da Casa Civil vem ao Sul de Minas para inaugurar o gasoduto Paulínia - Jacutinga, uma obra do governo Lula, integrada ao PAC, que o presidente do PSDB diz que vai acabar se o Serra for presidente. Entenda a história deste gasoduto.
Em meados dos anos 90, o DME  de Poços de Caldas e a CEMIG trocaram informações sobre a possibilidade de construção de uma termelétrica em Poços de Caldas. A idéia partia do pressusposto da demanda de gás industrial na cidade, relativamente grande, mas insuficiente para ser traduzida em um projeto da GASMIG
, pouco capitalizada e com outras prioridades no Estado de Minas. Outra dificuldade era a disponibilidade do gás, situação que obrigava as partes a buscarem perceria com a Petrobras. A GASMIG era então como um pequeno departamento da CEMIG, com reduzido grupo de dirigentes e técnicos. Apesar dos esforços, os entendimentos não tiveram sucesso e acabaram congelados no período de 1999-2002, em razão do nervoso relacionamento político do Estado com a União. Entre 2001 e 2002, nossa administração buscou, em vão, dialogar politicamente com o Governo de Minas e com a Petrobras.

Com a vitória do Presidente Lula, buscamos apoio nos primeiros encontros do presidente eleito com os prefeitos petistas, quando conseguimos sensibilizar Lula e outras lideranças, entre as quais o jovem deputado federal Odair Cunha, para a necessidade do gasoduto ao Sul de Minas.

O grupo da Petrobras, que fazia a transição, encampou a idéia para apresentá-la a futura diretoria da empresa, como uma experiência de ação em desenvolvimento regional, sem referência à termelétrica. Com este conceito o projeto foi concebido, enquanto retomávamos o contato com o Governo de Minas Gerais - a idéia exitosa foi a capitalização da GASMIG, o aumento de fornecimento do gás, com a construção do gasoduto Paulínia - Jacutinga pela Petrobras e a participação desta no capital da GASMIG. À GASMIG coube a construção da primeira rede estadual no sul, a que sai de Jacutinga, vai à Andradas, Poços de Caldas e Caldas. Houve uma tentativa dos deputados oposicionistas na região, Geraldo Thadeu e Navarro Filho, de substituir a Petrobras pela Comgas, já privatizada. Denunciei ao governador a manobra que daria o maior mercado potencial do sul de Minas à concessionária paulista, tornando o negócio pouco atrativo para a Petrobras. Aécio, corretamente, não deu seguimento à proposta apresentada pela empresa paulista, em reunião que eu estava presente e pude, por solicitação do governador, expor as minhas razões.

O acordo foi concluído pelo presidente da CEMIG Djalma Moraes e pelo diretor da Petrobras Ildo Sauer. Na assinatura formal do acordo no gabinete do governador, em gesto nada republicano, fui impedido de assinar, como testemunha, os protocolos conforme pretendia a Petrobras, sob argumento da eleição municipal. O gasoduto Paulínia - Jacutinga só se tornou realidade efetivamente, quando passou a integrar o conjunto de obras e ações do PAC.

O trabalho que fizemos, eu, o Zeca e os secretários, foi reconhecido e quando sai da prefeitura, fui integrar os conselhos de administração da GASMIG e da Ibiritermo, em ambos representando a PETROBRAS.

FURNAS industrializou o Sul de Minas a partir dos anos 60, o gás que agora chega é um novo salto de perspectivas de desenvolvimento para a região.