BRASÍLIA CONFIDENCIAL - MENOS ENCARGOS, MAIS EMPREGOS

Dilma propõe redução de encargos das empresas para gerar mais empregos

Durante o encontro organizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta terça-feira, 25/05, entre os pré-candidatos à Presidência da República, a candidata pelo PT, Dilma Rousseff, defendeu o corte de custeio no governo para investir e crescer mais. Para ela, esse corte deve ser feito com critério, a fim de que os investimentos não fiquem inviabilizados, como aconteceu antes do governo Lula: “Era a política de cortar, doa a quem doer. Quando entrei no Ministério de Minas e Energia, uma pasta técnica, percebi que havia um engenheiro e 11 motoristas. Não tenho nada contra os motoristas, mas é irracional ter um ministério extremamente técnico, que trata de questões de geração de energia, petróleo e gás, funcionando sem engenheiros”.

E continuou: “Há uma oposição entre custeio e investimento que não é real. Todo mundo quer educação eficiente, mas não defende investimentos na formação de professores. Há custos que não podem ser cortados. Não vamos fazer aquele corte tradicional, sem olhar a quem. Nesse corte, eram mandados embora médicos, delegados da Polícia Federal, professores, profissionais de todos os níveis. Vou levar em conta a eficiência da máquina”.

Dilma defendeu também uma reforma tributária que, a seu ver, é caótica: “Esse momento de eleição é muito importante para conscientizar as pessoas, sobretudo os parlamentares, de que essa reforma é essencial. Pior, é uma questão que ainda empata a competitividade do país. Precisamos de uma reforma ampla, feita de forma simultânea com ações pontuais”. Apesar de ser uma de suas prioridades, a petista disse ainda que certas medidas devem ser tomadas rapidamente, “porque senão gastamos uma energia excessiva e não fazemos nem uma coisa nem outra”.

Ao ser questionada sobre se acreditava em seu potencial para continuar o governo atual, a ex-ministra afirmou que foi responsável por muitas de suas grandes conquistas: “O presidente tem qualidades reconhecidas internacionalmente mas, nesse processo, tenho uma contribuição muito grande para o sucesso do governo Lula. Coordenei os programas de governo, em alguns tive participação direta como o ‘Luz para Todos’, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o ‘Minha Casa, Minha Vida’… Eu fiz e sei como fazer”, afirmou.

A pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, defendeu ontem, pela primeira vez, a redução dos encargos das empresas na folha de pagamento dos trabalhadores, como forma de incentivar a geração de empregos, reduzir a informalidade e melhorar o ambiente de negócios no país. De acordo com a petista, a desoneração das empresas terá que ser parcialmente assumida pelo Tesouro Nacional, para reduzir o impacto dessa medida sobre as contas da Previdência Social. Leia mais