Na noite do último dia 29, vésperas do ano novo, um mar de resíduos minerais desceu pelas encostas para atingir o Rio das Antas. A barragem utilizada pela Mineração Varginha para conter os resíduos resultantes de seu processamento mineral rompeu-se e as fortes chuvas cuidaram de encaminhar este lixo para as nascentes que abastecem de água o povo de Poços de Caldas.
A poluição química ao atingir o Rio das Antas, contaminou a Barragem do Cipó, as captações de água da ETA Parque Esperança, o Bortolan e tudo o mais que vem abaixo até diluir-se na Represa de Caconde. Já é dia 11 de janeiro e até agora não vi um só movimento de autoridades públicas na apuração do crime ambiental, nem mesmo uma única explicação ao povo de nossa cidade, para alertar sobre o problema ou, mesmo, tranquilizar quem tenha bebido desta ou nadado nesta água suja.
Impera o silêncio, um silêncio que protege a Mineração Varginha ou, mais precisamente, seu proprietário conhecido pelo apelido de Queijão. Queijão é generoso doador de recursos para campanhas das forças políticas encasteladas na prefeitura. Dinheiro, veículos, caminhões de som; tudo pela "causa" que ele abraçou e acredita. Recentemente, foi pilhado mandando ver no trator em área central de preservação ambiental; já anunciou que vai construir cem apartamentos na mesma área de recarga hídrica, que a jumentice patética escolheu para fazer o paço municipal, seus caminhões já são vistos movimentando terra na beira do Ribeirão da Serra, local onde o mesmo procedimento resultou em multa e termo de ajustamento de conduta com o Ministério Público.
Mais recentemente, certamente em razão de seus esforços pela preservação do meio ambiente em Poços, não pelas doações de campanha, foi agraciado com a pavimentação asfáltica do acesso ao seu hotel. Pelo jeito é muito poderoso e tem amigos poderosos para protegê-lo, inclusive contando com a omissão de "parceiros promotores", como gosta de destacar o alcaide em suas entrevistas não desmentidas.
Olá, sou muito interessada nas questões ambientais e quero te perguntar - por quê o MP não age nesses casos?
ResponderExcluirEssa é a questão. Em um caso gravíssimo como esse qualquer demora pode trazer prejuízos irrecuperáveis.
ResponderExcluirSenhor ex-prefeito aonde está aquele Ministério Público atuante e enérgico da sua época?
ResponderExcluirSerá que virou pavio e cera?
Pois é, conterrâneo. Acho que ele se emocionou ao ser chamado de parceiro pelo alcaide.
ResponderExcluirPaulo, gente desse naipe merece um tratamento como o do clássico filme "Laranja Mecânica".
ResponderExcluirAbraço!
Quando isso vai acabar a impunidade contra nossa mãe natureza.
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