O mineiro de Itajubá José Roberto Arruda, governador do Distrito Federal, foi pilhado com a boca na botija e as mãos na cumbuca. O único governador do DEM (ex-PFL) foi longe na construção de sua candidatura à vice presidente da República na chapa com José Serra, que já dava como certa a composição ao convidar o eleitor a votar em "um careca e levar dois". Ao que tudo indica, além do mensalão de verdade, com pagamento à deputados em troca de apoio automático, o esquema do Arruda andou irrigando campanhas pelo Brasil afora como forma de garantir sua indicação pelos correligionários. Arruda, aparentemente, logrou convencer velhos companheiros à voltar para a sigla.
Esta rede panetone precisa ser destrinchada, porque podemos estar diante de uma complexa operação de apoio à candidatos nas eleições municipais de 2008, envolvendo não apenas o "caixa dois" como tambem o uso da máquina do Distrito Federal na sua distribuição pelo país afora. Arruda, ao se defender, disse que o dinheiro recebido e visto por milhões de brasileiros em redes de TV e internet, era para comprar panetones para os pobres. Já havia ouvido falar de todo tipo de Robin Hood, mas este é o primeiro que toma dos pobres para devolver-lhes em forma de ... panetone de Natal. Não seria de todo impossível que caixas de panetone tenham chegado antes do Natal de 2008 em lugares que jamais suspeitaria nossa vã filosofia! É esperar e conferir.
O mais intrigante é ver como a imprensa 'desistiu' do caso. No início, quis limar o Arruda para não ver a candidatura do Serra maculada pelo escândalo dos panetones. Agora que viu que o caso pode cair no esquecimento, tratou de enfiar Copenhague e o aquecimento global na pauta e esquecer do enriquecimento global do Dem.
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