Sim. O DME tem saída.
O Departamento Municipal de Eletricidade, construído em meio século de compromisso público e dedicação foi arrasado pela infeliz coligação que governa Poços desde 2005. Uniões inspiradas pela revanche e pela traição, sentimentos minúsculos, não podem mesmo gerar frutos dignos de serem apreciados.
O gênesis do DME está na insatisfação com a qualidade dos serviços elétricos que eram oferecidos a Poços de Caldas nos anos no século passado. Depois de várias tentativas de resolver tão grave problema, entendeu a cidade que a solução só poderia partir dela própria. Assim, o DME foi se afirmando como uma das mais bem avaliadas experiências de soluções locais, com repercussões nas esferas de governo, mas também no setor privado que identificou em nossa autarquia um parceiro importante para investimentos em geração pelo Brasil afora. Num tempo em que as PCHs – pequenas centrais hidrelétricas estavam fora de moda, nossa cidade apostava firmemente neste modelo, criando soluções e alternativas reconhecidas nos meios acadêmicos e setoriais.
Foi por causa do DME, que um presidente da República voltou a Poços depois de uma ausência de mais de 50 anos.
Entretanto, o que parecia sólido vai se desvanecendo pela incompetência, pela falta de espírito público, pela cegueira estratégica e, por que não dizer, pela ganância. O DME hoje é um arremedo do que foi. Seus recursos foram sugados, pirateados, exauridos pela política do curto prazo e atitudes da senilidade perdulária que, vislumbrando o fim da jornada, colocam-se a por tudo a perder sem nenhuma preocupação com o futuro dos que ficam. O DME hoje não possui um terço das reservas e não vale a metade do que valia em 2004.
O setor elétrico de Poços de Caldas se encontra hoje em mãos “estrangeiras”. Não se podem esperar delas a sensibilidade, o orgulho histórico, a percepção da posse coletiva de um bem construído ao longo de gerações. Entretanto, devemos exigir dessas mãos “estrangeiras” honestidade no trato deste patrimônio que é nosso e lisura no debate sobre o futuro do DME. Em primeiro lugar, é mentira, repito, é mentira que a ANEEL queira a privatização do DME. Privatização era coisa do governo passado; hoje o presidente Lula lidera uma política de afirmação do Estado. Quem diz aos funcionários ou à sociedade que a ANEEL quer o fim do DME, está mentindo a serviço de um projeto que visa entregá-lo a grupos econômicos de sua preferência. Neste caso são apenas lobistas da pior categoria. Ou na linguagem muito própria da época da criação do DME, “quinta-coluna”.
A saída para o DME passa pelos seguintes pontos:
1 - Resgate do papel de seu corpo técnico de excelente qualidade e pela criação de um Conselho de Administração com representação de antigos e atuais funcionários, dos usuários e prefeitura, com aprovação legislativa.
2 - Fim da abjeta, irresponsável e ilegal sangria dos cofres do DME.
3 - Retomada das relações com os tradicionais sócios em consórcios de geração de modo a recuperar a confiança dilapidada pelo autoritarismo ultrapassado e saudosista, deslocado no tempo e desambientado das relações institucionais contemporâneas.
4 – Criação de um grupo permanente de negociação com a ANEEL, que já demonstrou anteriormente sua sensibilidade às particularidades do DME, buscando normas e portarias que as atendam.
5 - Articular-se com os bancos de fomento e fundos públicos para retomar investimentos na geração e, principalmente, na distribuição para posicionar-se diante do fim do período de concessão, que pode vir a ser prorrogado.
6 – Devolver aos poços-caldenses a direção do DME. Temos gente, com certeza, de maior capacidade que esses trazidos de fora por interesses alheios ao público e com a vantagem de entenderem que o DME é parte de uma história que não pode se acabar em razão da incúria e do descaso com as coisas que dizem respeito ao povo e a cidade de Poços de Caldas.
NA CONTRAMÃO DO BRASIL, POÇOS QUER VENDER SUA ESTATAL
ResponderExcluirAudiência Pública realizada na Cãmara Municipal na noite do último dia 2 foi uma oportunidade para discutir um tema muito caro à história de Poços de Caldas - o DME. Depois de sugar o que puderam dos cofres do Departamento, eles agora querem preparar a venda da nossa empresa municipal, ou seja entregar, privatizar. Querem antecipar o usufruto do legado.
Numa lenga lenga tecnicista o atual diretor Dr. Jaconias, que privatizou as Centrais Elétricas do Mato Grosso, apresentou sua versão - um copo meio cheio meio vazio. De boas e de más intenções.
Fica a confiança de que os vereadores não ponham o pé na armadilha. O Legislativo tem história de resistência a este tipo de "negócios". No passado, sob liderança de Dgeney Diniz de Melo, então no MDB, disse não à entrega do DMAE.
PAULO TADEU
PAULO TADEU CONTA COMIGO NA ELEIÇÃO.ESTOU COM VC VOTEI PARA PREFEITO E AGORA COMO DEPUTADO ...UM ABRAÇÃO ...CARLINHOS .
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